PRÓLOGO
Iki, vazio do céu.
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I
Por entre os entretempos de vidas não-vividas.
(como num branco suicídio, doce doce)
Onde o Quando e o Como Co-Respondem a Nada.
Em gritos abafados que Co-Respondem a sussuros inevitáveis e surdos
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II
Sistema. Anátema. Sístole. Diástole. Sol. Dia. Arquia. A. Não(é)A, A,~A, A~A...
(pausa para retomada de fôlego)
Escuto. Canto. Canto do cantinho. No canto do canto do canto da dor. Da dor da voz. Da dor da voz que diz: " - Não-Sim!"
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III
Dentro. Fora. Em algum tempo que não esse sendo de agora, mas ainda assim sendo agora enquanto o que estou a falar já passou “e é, e é memorial”, Goethe apontava para o que se volta para dentro de si mesmo e o que se abre para fora de si mesmo. Terra era e é, e é memorial, Goethe(também). Uni-versado.
(pausa para sístole)
(pausa para diástole)
- ao mesmo tempo -
Goethe, Goedel e Bach. Todos criando, recriando, desmontando, remontando e se perdendo em labirintos indizíveis. Mas dizer isso é dizer o mesmo. E o mesmo deve ser calado, não como mesmidade, mas sim, como o mesmo do mesmo do familiar. Portanto, vamos perder a nós mesmos em... vinhos sem cor, bocas sem dentes e línguas sem palavras.
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IV
“Ponte e palavra, caminho e balança”, ressoa na nova cabeça do velho. Fontes de um etéreo jorrar de si mesmo, por entre o dito, em meio a carcaças sem dono.
...
Caindo em desamor, por amarmos demais. Pré-figurando a Sombra que assombra o Vizinho, Estranho.
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EPÍLOGO
A cabeça de Cíclope que devora a si mesma, Conta. Enumeração. Calcula o desde sempre já conhecido de antemão.
Matemata.
Olho Uno do Mundo, que tudo vê
nada percebe
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APORIA
Semente. Lá, onde ontologia alguma ousou tocar.
“Pisamos em novas terras, quanto mais recuamos”, disse a menina jovem demais que já morreu um par de vezes.
E que desejo é esse de voar, que nunca se satisfaz... ?
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